terça-feira, 19 de outubro de 2010

Ataques e Contra-ataques


Como é possível se interessar pela política? Para mim, como jornalista, chega a ser vergonhoso pensar assim, porém não dá para ter interesse e principalmente, vontade de acompanhar.
É importante e necessário conhecer as propostas dos nossos candidatos, mas como fazer isso se eles não as apresentam? As campanhas eleitorais, infelizmente, são só ataques e contra-ataques. Os debates, a mesma coisa.
Honestamente, eu até tento, por minha profissão e claro, pelo meu dever como cidadã, mas é muito triste. Convenhamos senhores candidatos, vamos mostrar as propostas ao invés de ficar falando o que o adversário fez ou deixou de fazer, e mais, fazer campanha em cima do que foi feito por outro, também não é nem um pingo interessante. Queremos pensar e saber do futuro, o passado já passou.
Acredito que cabe ao eleitor se informar sobre o passado dos candidatos e o que foi feito por outro, nós já sabemos, claro que sempre há os que não tem acesso a informações, cabe a esses buscarem. Ao candidato cabe apresentar uma boa plataforma de campanha, com propostas minuciosamente estudadas e viáveis.
Sinto-me constrangida ao assistir propaganda eleitoral, sinto-me constrangida pelos candidatos, pois sei que eles estão ali na frente representando um papel e não passam de paus mandados e vergonhosamente mudam de opinião como quem muda de roupa, mas acima de tudo, sinto-me triste por assistir uma guerra de hipocrisias e pior que isso é que ainda sou obrigada a escolher um.
Se eu tivesse oportunidade de fazer uma pergunta a qualquer que fosse o candidato, perguntaria: “se o presidente do Brasil ganhasse um salário mínimo, o senhor se candidataria?”
Claro que a resposta seria sim, quem se queimaria respondendo não? Mas será que haveria tanta gente querendo governar cidades, estados ou países?
Tenho a utopia de que algum dia possamos eleger um candidato que realmente tenha interesse em melhorar o país e a vida de todos que nele vive, e não somente a sua própria vida e a de quem está por perto. Posso estar sendo pessimista, todavia é a política “capitalista” a qual sempre presenciei que me faz pensar assim.

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